quarta-feira, 9 de abril de 2008

Brasil e México são foco do Google na América Latina

Até 2012, cerca de 30% da população da América Latina terá acesso à web via banda larga. Atualmente, esse porcentual não passa de 10%. O número de assinantes de internet passou de 17,6 milhões em 2003 para 34,9 milhões em 2007 na América Latina, para uma base de cerca de 80 milhões de usuários. Com base nesses números, o Google decidiu reforçar o investimento da companhia na região, com destaque para Brasil e México. "Brasil e México são os países com maiores oportunidades de crescimento para o Google na América Latina", afirma Jose Maria Lopez, gerente da empresa para a região, sem revelar o quanto vai investir. "É onde a companhia vislumbra maior espaço para oferecer seus produtos e serviços, uma vez que o Chile - campeão de acesso per capita à internet na região - e a Argentina já contam com uma penetração maior da web nos lares", reforça.

Ele comenta que 10% da população mundial têm acesso às redes sociais, dos quais 29% acessam o MySpace, 12% o FaceBook e 11% o Orkut.
Embora não revele dados, o executivo assegura que a empresa vai continuar crescendo de forma acelerada na América Latina nos próximos anos. O Brasil foi o país no qual o Google registrou maior crescimento em 2007. Segundo Lopez, a base instalada de computadores está em expansão - a base de computadores duplicou nos últimos cinco anos na região, onde o mercado de internet movimentou US$ 85 bilhões em 2007.

Um dos principais objetivos do Google é universalizar o acesso à internet em toda a América Latina, segundo o diretor-geral da empresa para a região, Daniel Alegre. A companhia abriu escritório em São Paulo em 2005, um mês depois no México e, em abril do ano passado, em Buenos Aires, além do centro de desenvolvimento em Belo Horizonte, há um ano.

O escritório de Buenos Aires tem tido um crescimento tão rápido que servirá de suporte para Itália e Espanha. "A América Latina é a região que mais cresce em termos percentuais, mais que a Índia e a China", afirma o executivo. Dos cerca de 80 milhões de usuários da internet na região, cerca de 25% têm acesso à banda larga.

O executivo diz ainda que entre os obstáculos à democratização da internet na região está o alto custo dos computadores e dos celulares com tecnologia Wap. "Trabalhamos junto com governos da região para levar o acesso à internet para todo mundo", afirma Daniel Alegre. Ele diz ainda que a internet precisa ser gratuita e cita o exemplo do programa Android, sistema operacional aberto para celulares, que a empresa vai lançar em breve. O executivo comenta que o crescimento da empresa na América Latina supera os três dígitos e que mais de 50% do tráfego dos produtos da empresa acontecem fora dos EUA.

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José Maria Lopez destaca o aumento da publicidade on-line na região, que triplicou nos últimos três anos e atinge 3% do total de investimentos em mídia. O executivo salienta também o aumento do investimento em publicidade on-line em canais de TV por internet e lembra da All TV, de São Paulo, que comercializa banners em sua programação. O comércio eletrônico alcança US$ 1,8 bilhão na região, informa Lopez. O preço de acesso à internet na América Latina recuou de US$ 35 por mês para US$ 28 nos últimos três anos. Lopez ressalta o esforço do governo de alguns países da América Latina região em lançar programas e facilitar o acesso à banda larga nas escolas.

Fonte: Gustavo Viana, Gazeta Mercantil

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